terça-feira, 19 de março de 2013

GRAVADO EM MIM

 
MEMÓRIAS DE UM PAI FELIZ
 
 
 
18 DA SANDRA
 
 
BENÇÃO DAS FITAS
LISBOA, 1994

 
 
ROMA, 1998
 
 
LISBOA, CASA DO ARTISTA - ESTREIA DE DRAW
 
 
 
WASHINGTON, 2007

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIS UM ANO, MAIS UM DIA



Amanhã, pela manhã...
Ao mirar o Sol nascer
vou mergulhar em minha mente...
Vou enxergar locais sagrados,
onde as folhas cobrem o chão
...
...e num tapete colorido
aplaudirei aquele descanso.
E a primeira centelha luzirá
sobre a iris dos meus olhos
E as cores em difusão farão de seu véu, um arco-íris
Neste culminar de silêncio, ouvirei apenas o vento...
O céu..esse dispensará qualquer apresentação!
 
Roubei
Foto de Rosa M. Esteves
Poema de Maria Nóbrega

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ALENTO




Partilhámos tudo
E tudo acabou.
Contigo imergi em vazio
De tortura e espanto
Do qual não voltas…


Sabemos tu e eu
Que de forma perfeita
Entrelaçámos a dor, o mel,
O riso, o ódio, e tudo o mais
de que é feito o amor.

Onde quer que estejas
Onde quer que eu vá,
Teu toque no ombro
Teu sopro no rosto
Teus recados no vento…

Sossega. Estou em paz.
Por vielas vagueio
Mas por mares me atrevo
Porque te sinto perto
Porque alguém me disse: amo-te

terça-feira, 8 de maio de 2012

MÚSICA






Na música desperto
Para o tempo que urge
Deixo que enleiem sons e palavras
Doces afagos em duro trilho

Na música moro.
Terno abrigo
Onde cerro o olhar,
O peito, a amargura.
Ergo o meu cálice
E brindo contigo.




quarta-feira, 2 de maio de 2012



Em Maio
Olhar o mar
Ver-me em teus olhos,
Embalar a dôr
Viver mais um dia
Amar o Amor

segunda-feira, 19 de março de 2012

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A VIDA É FEITA DE MOMENTOS

16 de Setembro 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

TEMPO DE DOR

De repente, do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente, da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a chuva
E da paz fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante.
De repente, não mais que de repente
Poema da despedida
V. de Moraes

sábado, 13 de agosto de 2011

?


Se não estou só
Onde Estás?
Se não estou só
Para onde Os levaste?
Se não estou só
Porque não entendo
O cruel jogo que, dizem,
Tu inventaste?

domingo, 17 de julho de 2011

CINZENTO

Meu assombro intacto
Meus dias perdidos
Meu grito afogado
Deus, porque me
arrancaste os sentidos?

sábado, 28 de maio de 2011

SEGUINDO

Um dia, outro dia..
Corpo erecto, alma desfeita.
Há por aí lampêjos de côr
Onde meu olhar vagueia
Ah! Por mais que não queira
Soluço a dôr
Do retrato sorris
E espero que entendas:
Não é o estar só, amor
É o estar sem ti!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

RAIZES/PERTENÇA

O sentimento de pertença nem sempre é entendido apesar da compreensão do significado do que é ter raízes. Avessos, devido a circunstâncias diversas, a ficar presos ao passado, a grupos, quando o que há a fazer é mesmo "seguir em frente" e pela percepção do que os grupos podem ter de negativo, não se percebe ou não se dá a devida importância ao conforto do sentimento de PERTENÇA.
É quando os vendavais da vida surgem que, com acuidade, ele surge à-flor-da-pele. Então, o que há a fazer é sentir-mo-nos gratos pela capacidade de entendimento de como somos tão frágeis e vulneráveis quanto os outros, tão necessitados de pertencer a e, obviamente, pelo facto de pertencer.

domingo, 1 de maio de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

SAUDADE

Saudade desta
É besta que ferra
Que ora adormece
Ora acorda e investe.
É dôr para sempre
É dôr sem remédio

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

20 SETEMBRO 2010

Partiste.
A morte aniquilou meus dias
A Virgem chora comigo
Um anjo, desolado,
Diz-me que Deus não existe.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OH P'RA MIM! OH P'RA MIM!!

Falcão, jogador do F.C.P. marcou recentemente um golo com o calcanhar. Até eu, que não sou apreciadora de futebol, não pude passar sem dar atenção ao acontecimento - os comentários fizeram qualquer um dar atenção ao golaço!
Acontece que no mesmo dia outro jogador de um clube estrangeiro fez igual proeza. Era de esperar, que até pela coincidência, os profissionais que comentaram o acto de Falcão como um verdadeiro feito, referissem o facto, porque ainda por cima não é muito habitual.
Ao invés, são muito habituais entre nós estas injustiças. Há tanta gente a trabalhar com brio e mestria, cujos feitos nunca são noticiados ou elevados ao destaque que mereciam.
Tugas, lembrem-se do "oh! p'ra mim" (do Herman José?) e vão à luta. Não há justiça neste mundo e nem sempre os melhores ou todos os que merecem são premiados.

sábado, 5 de setembro de 2009

M.I.T.O

M.I.T.O. - Mostra Internacional de Teatro de Oeiras, vai no seu terceiro dia. Há três dias que assisto a espectáculos de qualidade sem dispender nada mais que a energia necessária para sair de casa, uma vez que todos os espectáculos são gratuitos.
O espectáculo que vi hoje foi absolutamente fantástico. A descoberta das Américas, é protagonizado por Júlio Adrião, único actor em palco. Agarra desde o início o público e assim vai, in crescendum.
Absolutamente fantástica a interpretação do actor que valoriza um inteligente texto fazendo esquecer através de portentosa expressão corporal e mímica, o que é afinal um relato de episódios desumanos e sangrentos. O relato não deixa de ser feito - é portanto didatico mas divertidíssimo e uma tremendíssima lição do que é a arte de representar. Estão de parabéns a C.D.A. (Companhia de Actores) que organizou o evento e a C.M.O. que apoiou.

domingo, 16 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

MY STROKE of INSIGHT

Quem não teve de passar por hospitais como enfermo ou acompanhante ou quem já lidou com a doença de alguma forma, virá certamente a passar um dia.
A experiência vivida por Jill Bolte Taylor é de um A.V.C. e o relato é feito com mestria, dada a sua formação profissional. No entanto o livro fornece matéria fulcral quanto ao "lado humano", aquela parte que muitas vezes é substimada pelas equipas de saúde ou por quem tem que zelar por doentes, certamente por falta de consciência do que se passa pelo cérebro de quem por vezes nem comunicar consegue.
Por ser um trabalho de valor inestimável que expressa/grita esse aspecto tão negligenciado merece a divulgação por todos.
Recordo aqui o interessante livro do falecido escritor José Cardoso Pires - De Profundis, Valsa lenta - também baseado numa experiência pessoal .

sábado, 25 de julho de 2009

GAIOLAS

Porque há pássaros que se mantêm nas gaiolas tendo a porta aberta? Às vezes nem sequer são das douradas....

terça-feira, 21 de julho de 2009

SOMOS DONOS DE NÓS?

A distanásia defende que devem ser utilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser humano, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento se torne demasiadamente penoso. Curioso como há mais compaixão por um animal que esteja a sofrer que por um ser humano.
Que se lute por dar ao doente o melhor possível, sim! Indiscutível.
Mas, quanto pode aguentar quem sofre? Quem sabe quanto sofre o outro?
Há algo de sadismo neste "ser pela vida mesmo que o sofrimento se torne demasiado penoso".
Onde está a dignidade ou o aceitável de quem se degrada dia a dia apodrecendo, a quem a doença cava crateras no corpo já debilitado, a quem perdeu a autonomia, a quem deixa de poder comunicar, a quem resta apenas dormir sob efeitos dos sedativos para que a dôr fuja?
Que tal pôr-se no lugar do outro?
Gostaria que lhe dissessem: vais viver penando até que a morte queira...
Eu preferia ser dona de mim própria. Que sofra quem quiser.

terça-feira, 7 de julho de 2009

ASSIM SENTINDO

Quando nasceste eu renasci.

Quando riste eu ri também.

Quando precisaste eu estava ali.

Quando te vi mal, eu rezei.

Alimentei-te

Cuidei-te

Protegi-te

Amei-te em todos os momentos, filha

Não te peço nada em troca

Pois teu sorriso já é meu paraiso.

Adaptado de poema de autor desconhecido

LIÇÃO DE VIDA

Mais uma vez o meu trilho se direcciona para o IPO. Mesmo sabendo que a única certeza que podemos ter - até ver - é que não somos eternos, a proximidade da morte, o saber que alguém que nos é querido partirá em breve derruba-nos sempre.
No entanto há partidas e partidas. A minha tia, com 91 anos, deitada na sua cama de hospital, atrelada a soro e medicamentos e cujo estado se deteriora dia a dia, continua a dar-nos lições de como apreciar a vida valorizando o que se tem de bom a cada momento e esquecendo os aspectos negativos.
Recebe-nos com prazer e pergunta-nos como estamos, querendo saber das nossas vidas...
Quando lhe dão banho rejuvenesce e diz deleitada e com um grande sorriso: que bem me soube este banho!
Conversa com gosto apesar de se irritar com a sua surdez recente;
Destapa com curiosidade o tabuleiro das refeições;
Pega numa revista e lê algo do seu interesse;
Para não estar isolada, caso não possamos visitá-la, vestá a aprender a utilizar o telemóvel, coisa que até agora tem rejeitado!
Se a dôr vem esforça-se por disfarçar para não nos apoquentar. Espera com paciência a vinda da enfermeira e fica radiante por fintar a dôr. Esquece-a logo que pode e aproveita da melhor maneira o tempo.
Quando estou com ela esqueço muitas vezes o seu estado.
Está-lhe no sangue. É um caso típico de quem segue a máxima: Se a vida só te dá limões, faz limonada!
Gosto das lições que dá com o seu exemplo e tento, como ela, esquecer o que pode vir por aí a aproximar-se...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

POEMA SENTIDO

.......................
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
Extracto de um poema de José Régio/ Fotografia de Paulo Carneiro / Actriz Sandra Roque

sábado, 13 de junho de 2009

SÓ PODIA SER ESCRITO POR UM HOMEM

Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...
Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio

sexta-feira, 12 de junho de 2009

TEMPO DE POESIA

Boa opção, assistir à 3ª edição do Espítio da Poesia espectáculo produzido pela CDA(10, 11, 12 e 13 de Junho), companhia cujo trabalho sigo com atenção e carinho.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MÃE NATUREZA

Uns dias em contacto com a Mãe-natureza e esquece-se o resto. Viram vedetas os coelhinhos, formigas, cegonhas, melros, pardais, sapos... Nós viramos crianças e, sai a lenga-lenga:

Sapo feião

Fez cocó

Junto ao portão.

Sapo é safado,

Desavergonhado

E porcalhão!

Sapo não sabe

Que a casa

É do João?

by Roqquinha

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SINGULARIDADES DO PAÍS REAL

O Puorto é lindo, carago! E é mesmo, visto assim cá da outra margem.
Gente simpática, boa comidinha, bons preços. Aconselho uma escapadinha até lá. Pode ser que além de comprovar estes três factos tragam recordações que vos façam sorrir ou até gargalhar, com algum episódio do género deste:
Pensámos dar um giro num "combóiozito" para turistar. Aceitámos por isso um panfleto distribuído junto à Sé. O folheto informava que o passeio seria comentado em quatro línguas ou não! Isso mesmo - ou não! Claro que nos calhou o "ó não" o que não importava porque estavamos em casa. Durante o trajecto alguma informação houve, embora numa língua estranha. À la direita ficava isto, à la esquerda ficava aquilo...
Calculo que não serviu de muito aos turistas alemães que iam connosco mas também pareceram não se importar.
Este é o país real. Não pude deixar de rir no momento mas, não sei se deva. Portugal não sai lá muito bem na "fotografia". Não é a espanholar ou a vender gato por lebre que promovemos o turismo. Não raro, encontramos no estrangeiro gente formada em História a informar os turistas, promovendo ao melhor nível o seu país. Será que o nosso não merece o mesmo?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

QUE SE CUMPRAM OS SONHOS!

São constantes
Os versáteis poetas.
Vivem a semear
Os extensos campos
Férteis d’alma…
E germinam
Como a semente
Em seu sonhar.
Assim navegam
Pelos sonhos
Sempre a buscar
O insólito,
Cavalgando
Como ginete
No dorso dócil
Da emoção.
Caminham
Pelo etéreo
Em busca
Da perfeição…
Para assim colher
Da rosa
O perfume,
Do sonho
A ilusão…
Luís Carlos Mordegane